O Luau é um evento sempre relacionado ao Hawaii. Hoje considerado um acontecimento puramente turístico (não deixe de viajar sem presenciar essa festa!), já sofreu muitas reformulações desde suas antigas origens, da época dos viajantes Polinésios. Confira 6 fatos que tornam esse evento ainda mais curioso:
1 – “Luau”não significa “Festa”
Hoje, quando usamos a palavra “Luau”, remetemos às imagens de comida abundante, shows com fogo e a dança Hula. Entretanto, a palavra originalmente se referia a um prato servido numa festa em Kauai: uma combinação de folhas de Taro (também chamada de Inhame dos Açores) e frango cozido em leite de coco. Então, quando presenciar um Luau Havaiano, lembre-se de não estar apenas presente em um, como também estará comendo um Luau.
2 – O primeiro Luau da História era muito mais que somente um banquete
Um forno de chão, também conhecido como “imu”, é um dos métodos mais antigos de preparo de comida utilizados pelo homem. Usa-se simplismente um “fosso” na terra para armazenar calor, e assim cozinhar o alimento
O Luau como conhecemos hoje se originou em 1819 com um banquete realizado pelo Rei Kamehameha II. Esse jantar marcou uma importante mudança na cultura tradicional dos antigos Havaianos. Antes de Kamehameha II, os Luaus seguiam um restrito código de conduta: Homens e mulheres não podiam comer juntos, mulheres não podiam consumir pratos específicos e cidadãos comuns não comiam junto à realeza . O evento realizado pelo Rei não apenas estabeleceu as tradições culinárias que vemos hoje, como acabou com esses tabus para sempre.
3 – A Dança com fogo e lâminas não é tipicamente havaiana
Um dos momentos mais impressionantes do Luau é a dança coreografada com lâminas e fogo. É realmente de tirar o fôlego. Surpreendentemente, ela não se originou nas Ilhas do Hawaii: em 1946, o “pai” dessa modalidade, Letuli Misilagi (experiente dançarino nascido na Samoa Americana), viajou para São Francisco para realizar sua performance tradicional de Samoan ailao (como também é chamada essa modalidade de dança), numa exposição no Golden Gate Park.
Ele ficou intrigado com um engolidor de fogo Hindu e uma menina girando um bastão com lâmpadas nas suas extremidades. Todos eles estavam ensaiando para suas apresentações na Convenção. Letuli então pediu ao Hindu um pouco do seu gás inflamável e enrolou uma toalha em volta da lâmina de sua faca. Assim essa dança se tornou famosa e foi incorporada em eventos Havaianos.
4 – Os colares de flores não se originaram no Hawaii
Chamadas de “Lei“s, o uso desse acessório vêm dos viajantes polinésios, que tinham a tradição de dar flores frescas e ornamentadas como presentes. O presente podia significar várias coisas, como: boas vindas, boa sorte na partida, ou até mesmo a celebração de um dos marcos da vida. Quando se recebe um colar num Luau, é preciso lembrar de mostrar respeito, usando-o por todo o tempo que estiver na presença do doador. Esse presente “sagrado” chama os convidados para participar da tradição ao invés de apenas observá-la.
5 – Dançarinos de Hula também vão à escola
Outra imagem que nos vêm à cabeça quando falamos de Luaus é a famosa dança Havaiana, ou Hula. Na era antiga do Hawaii, os dançarinos treinavam em escolas conhecidas como Halau. Nesses locais, rigorosos códigos de conduta e disciplina severa eram aplicados. Num Luau, pode-se presenciar tanto o Hula Kahiko (ou estilo antigo), realizado com roupas tradicionais e acompanhado por cantorias e percussão,ou o Hula Auana (ou estilo moderno), com músicas, ukuleles (instrumento semelhante ao violão) e trajes mais criativos. Apesar dos Halaus de hoje serem diferentes, ainda são um importante modo de manter viva a cultura Havaiana.
6 – As tatuagens dos dançarinos não são somente para beleza
As tatuagens facias dos homens que praticam a Hula em muitos luaus são chamadas de Moko. Elas simbolizam a genealogia e identidade pessoal de cada praticante.
Fonte:
Hawaii Luaus